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DESVER

FESTIVAL DE CINEMA 

UNIVERSITÁRIO

DE MATO GROSSO DO SUL

Foto do escritorWallace José Ovando Pinto

Alô, quem é? Lucas? O meu também é Lucas!

O filme começa mostrando Lucas acordando. Já percebe-se, pelo retrato focado no início da cena, que sua mãe é uma pessoa ligada emocionalmente a ele. Chegamos, então, nos momentos que ele manda uma mensagem para ela e a mesma responde. A reviravolta é que instaura-se um mistério: sua mãe já havia falecido e outra pessoa está vivendo a vida dele ou o mesmo vive o dia-a-dia sem se lembrar do que fez, e no final ele encontra a si mesmo podendo tirar a conclusão de que poderia ser uma condição psicológica ou sobrenatural, e a diferença visual dos dois Lucas fica por conta da maquiagem em volta dos olhos, que fazem com que um deles fique com olhar mais profundo e triste. O uso da iluminação no final serve para criar a tensão de algo está prestas a acontecer – “a iluminação em low-key tem sido, geralmente, aplicada a cenas sombrias ou misteriosas.” (A arte do cinema, BORDEWELL e THOMPSON,2013,p.229).

E na cena em que vemos Lucas tomando vários energéticos tem um close up para mostrar o sentimento de dormência que toma o intérprete; o autor demostra com exatidão que “as partes mais expressivas do rosto são a boca, as sobrancelhas e os olhos todos trabalham em conjunto para sinalizar como personagem está respondendo a uma situação dramática.” (A arte do cinema, BORDEWELL e THOMPSON,2013, p.236).

E, em sua busca por respostas do mistério de seu segundo Eu, Lucas, com o olhar, parece estar esperando algo acontecer, algo que ele talvez já tenha entendido – “à maioria das ligações que, à semelhança de uma personagem olha, fazem sucederdes daquilo que ela vê ou daquilo que procura vê”(A linguagem cinematográfica, MARTIN, 2005, p.77). O que deixa mais claro quando ele encontra um caderno escrito “hoje eu a vi, conversei com ela e preciso dormir para vê-la”, provavelmente dizendo que seu outro Eu consegue ver a mãe falecida. O uso de adereços para contar a história além das mensagens no celular deixa uma pista de que quem fez tudo aquilo foi ele mesmo – “Ao longo de uma narrativa, um adereço pode se tornar o motivo”. mesmo (A arte do cinema, BORDEWELL e THOMPSON,2013, p.214)


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